Lançada pelo IBGE na última sexta-feira (28/6), a publicação “Bioma predominante por município para fins estatísticos” traz dados sobre a predominância de cada bioma nos municípios brasileiros e define, ainda, uma classificação para os localizados em mais de um bioma, chamados de interbiomas. De acordo com a publicação, esses territórios serão classificados de acordo com o bioma que apresenta maior percentual na área municipal.
Apenas para fins estatísticos, o IBGE afirmou que a lista não terá efeito sobre a definição legal dos biomas de cada município e nenhum limite territorial será alterado. O que mudará será o critério de definição ao analisar a qual bioma o município pertence – nesse caso, o critério é o de maior área.
Com base na publicação, cerca de 17% dos municípios do país são considerados interbiomas e a maioria está localizada em São Paulo, que se divide entre a Mata Atlântica e o Cerrado. Apesar da Amazônia ser o maior bioma de extensão territorial do país, a Mata Atlântica é campeã quando se trata de cidades. Segundo a publicação, o bioma predomina em quase metade dos municípios do país, com 49,2% de dominância. Em segundo lugar está a Caatinga, seguida pelo Cerrado, Amazônia e Pampa, nesta ordem. O Pantanal, com apenas 1,8% do total do território, predomina em apenas nove municípios, todos em Mato Grosso ou Mato Grosso do Sul.
Apenas três municípios – Piripá (BA), Tremedal (BA), São João do Paraíso (MG) e Cáceres (MT) – estão inseridos em três biomas. As demais 959 cidades estão em dois biomas.
O IBGE afirma que a identificação do bioma predominante em cada município pode contribuir para a divulgação de estatísticas e diferentes indicadores, como socioeconômicos e ambientais. Além disso, pode também ser útil na percepção de fenômenos geográficos, já que o bioma é definido a partir de aspectos naturais.

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