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Que os macacos-prego são bichos espertos todo mundo sabe. Mas a inteligência destes pequenos primatas do Novo Mundo continua a surpreender. Recentemente, pesquisadores da Universidade da Georgia, Estados Unidos, divulgaram um estudo que ajuda a compreender como macacos-prego-amarelo (Sapajus libidinosus) escolhem e usam ferramentas na hora de se alimentar. Publicado na revista PLOS One, o estudo comprova a esperteza destes animais.
Para se alimentar da amêndoa, eles precisam quebrar o endocarpo do fruto, a parte dura usada em artesanato. Para isso, usam uma pedra como bigorna, onde posicionam a guloseima, e outra como martelo, para golpeá-la. O problema é que, caso mal posicionado, o fruto fica mais difícil de quebrar ou pode até voar longe. Depois de observar o comportamento do macaquinho e comparar com o comportamento de seres humanos, os pesquisadores concluíram que os bichos, assim como os homens, são capazes de escolher a melhor posição para quebrar a noz. Para isso, utilizam a sensibilidade dos dedos e a audição.
No primeiro o do estudo, pesquisadores marcaram coquinhos de babaçu para saberem em que posição eles parariam de rolar em uma superfície plana. No o seguinte, deixaram que que os próprios macacos, espontaneamente, pegassem os cocos e os posicionassem. A primeira surpresa foi descobrir que eles também escolhiam a posição mais estável, ou seja, eles eram capazes de encontrá-la sozinhos. A vantagem da posição estável é aproveitar melhor a energia dos golpes usados para quebrar o coco e evitar que a comida voe longe.
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Depois de escolherem um bom apoio, os bichos dão rápidas batidas com o fruto na rocha, até que pare na melhor posição. Então, o golpeiam com a pedra usada como martelo. Para os pesquisadores, este comportamento indica que os macaquinhos não utilizam a visão para escolher a melhor posição, mas usam a sensibilidade dos dedos e a audição, enquanto os olhos vigiam o ambiente ao redor.
A habilidade dos macacos-pregos-amarelos foi registrada em um vídeo.
Na segunda parte do estudo, os pesquisadores pediram a humanos que, com os olhos fechados, posicionassem e quebrassem as nozes. O resultado foi bem parecido. A principal diferença é que homens e mulheres preferiram girara o fruto com as mãos, em vez de batê-lo repetidas vezes contra a “bigorna”. Este o confirmou que, na ausência da visão, outros sentidos podem ser usados para encontrar a melhor posição para as nozes.
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