A mobilização nacional que resultou em reduções da tarifa de ônibus em série em todo o país vai além do valor das agens e envolve questões diretamente relacionadas à mobilidade urbana, ao meio ambiente e a qualidade de vida nas cidades brasileiras. O Movimento e Livre, que esteve à frente da organização dos protestos, defende que os investimentos em transporte coletivo sejam priorizados sempre, que haja transparência nas negociações de concessões e permissões para operar linhas, e que a população tenha direito a participar do processo e a utilizar transporte público de qualidade de graça.
Ao se pensar em tarifa zero, vale lembrar que um dos combustíveis para a grande mobilização popular de protesto contra o aumento das agens foi o colapso do modelo atual de mobilidade urbana. Os incentivos diretos e indiretos ao uso do automóvel, como redução de Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) e investimentos bilionários constantes para alargamento e abertura de avenidas, agravaram o trânsito na cidade, afetando até mesmo o sistema de transporte coletivo. O aumento do número de carros circulando afetou também a qualidade do ar, com grave impacto em eixos de deslocamento de fluxo intenso. Medidas emergenciais são necessárias.
Olhar os números de São Paulo, cidade que tem a maior rede de transporte coletivo do país, ajuda a entender porque a mobilização ganhou tanta força. São subsídios importantes para o debate sobre o futuro dos transportes coletivos na metrópole.
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Mais informações para quem quer se aprofundar sobre o assunto estão disponíveis na página de consulta pública que a Prefeitura de São Paulo abriu para discutir as concessões e permissões para o sistema nos próximos anos. Há contratos bilionários de até 15 anos sendo discutidos. Estão disponíveis para quase 800 MB de arquivos, incluindo informações detalhadas sobre capacidade e uso das linhas e como é a divisão por áreas e sistemas da cidade.
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