Antes, Daniel de Granville só gostava de bicho. A ponto de um dia ter quase matado a mãe do coração ao decorar a parede do seu quarto em Ribeirão Preto (SP) com taturanas cabeludas na expectativa que virassem borboletas. Na adolescência se interessou por fotografia, mas a câmera só virou objeto de trabalho anos depois, quando já formado em biologia, ou a trabalhar em 1994 como guia de ecoturismo numa pousada no Pantanal e conhecer fotógrafos de natureza de diversas partes do Brasil e do mundo. Cada um lhe dava uma dica, lhe ensinava algo novo, lhe dizia que tipo de equipamento básico precisava comprar para fotografar profissionalmente. Em 1999, decidiu testar a vida de fotógrafo durante uma viagem de bicicleta pelas praias do Nordeste. Para conseguir patrocínio, se comprometeu em levar na bagagem uma exposição fotográfica itinerante sobre o Pantanal. No caminho, vendeu muitas fotos e quando viu, virou fotógrafo. Mas o ofício só ganhou status de prioridade em sua vida depois dele ter sido assistente do profissional Joel Sartore para uma reportagem da revista National Geographic sobre o Pantanal. Como descreve em seu blog, “Foram dias muito puxados e às vezes tensos, mas ao mesmo tempo (como sempre) extremamente gratificantes…Desde caminhar em um rio repleto de arraias, piranhas e jacarés para posicionar a câmera remota subaquática em busca do melhor enquadramento, até o inusitado bote de uma sucuri que nos errou por poucos centímetros, quando estávamos com água até a cintura.”
A adrenalina conquistou Daniel, que decidiu se dedicar à fotografia. “Cada vez que eu o horas observando cenas que pouca gente no planeta jamais terá a chance de presenciar, como uma espécie rara de gavião trazendo caça para alimentar seu filhote na primeira luz da manhã, me sinto privilegiado e realizado”. Por se sentir assim, decidiu retribuir à natureza e fazer uma série de fotos sobre animais atropelados na região de Pantanal e Bonito, como forma de conscientização ambiental. O assunto chegou a virar texto, assinado por ele, no site da National Geographic Brasil. Hoje, Daniel mora em Bonito (MS) e trabalha como fotógrafo e guia de ecoturismo. O casamento dos dois ofícios o faz ser muito procurado por profissionais nacionais e internacionais que precisam de assistência para trabalhar na região. Nos últimos anos, realizou produções para companhias como a National Geographic Society e Animal Planet (EUA), Ushuaia Adventure (França), BBC (Reino Unido), NHK (Japão) e Rede Globo (Brasil). As imagens expostas aqui são uma homenagem à beleza do lugar que transformou este biólogo paulista num fotógrafo de natureza.
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porque vcs nao fazem uma pesquisa e publiquem quem sao os melhores Guias de campo ou de mata no Pantanal Sul , ? assim as pessoas poderiam fazer suas viagens sabendo a quem procurar para ver animais , o Daniel e realmente um dos grande nomes daa fotografia do Brasil de natureza , mas seria interessante frizar que ele nao e GUIA DO PANTANAL E NEM GUIA E !!?