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Rio de Janeiro – No dia 22 de abril, uma plataforma de petróleo do grupo britânico BP afundou no Golfo do México e causou um dos piores desastres ambientais da história. Agora, os reflexos deste acidente começam a ser sentidos a milhares de quilômetros, mais especificamente no Rio de Janeiro.
A contaminação, é claro, não chegou até a orla Fluminense. Mas, nesta sexta-feira, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, se reuniu com a secretária de Estado do Ambiente (SEA), Marilene Ramos, e especialistas da Petrobrás, Matrinhas, Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e Ibama, para tentar reduzir os riscos de que algo semelhante aconteça em território nacional.
Com os planos mirabolantes de se extrair petróleo do pré-sal a qualquer custo a possibilidade de um acidente não é remota. Para lidar com o assunto foram formados cinco grupos de trabalho para mapear os eventuais riscos nas plataformas petrolíferas do país e fazer todo o esforço de prevenção. Além disso, o plano nacional de contingência deve ser consolidado, junto com a formação de um gabinete de crise.
“Vamos também aperfeiçoar a troca de informações entre os órgãos ambientais para estabelecer critérios para a prevenção de acidentes e vamos também estudar a viabilidade de regulamentar o uso de novas tecnologias no combate ao vazamento como a queima do óleo e o uso de dispersantes. No Brasil, não há regulamentação para o uso dessas técnicas e pretendemos estudar essa possibilidade”, disse Teixeira, em nota oficial da assessoria de imprensa da SEA.
O deputado Ibsen Pinheiro, que propôs uma emenda para distribuir os royalties do petróleo, não foi esquecido. De acordo com Marilene Ramos, embora a indústria em questão “opere em condições de segurança”, o risco sempre vai existir. Por isto, o Rio de Janeiro não pode abrir mão de 7 bilhões de reais por ano. Nos próximos 30 dias, um novo encontro será agendado, desta vez com a participação dos outros estados costeiros produtores do óleo. (Felipe Lobo)
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