Notícias

Países se unem contra tráfico de animais silvestres 181oh

Declaração assinada em Londres determina medidas para combater o tráfico de animais e produtos da caça ilegal, como chifres de rinocerontes.

Vandré Fonseca ·
14 de fevereiro de 2014 · 11 anos atrás
Medidas podem ajudar a reduzir a morte de rinocerontes-negros da África do Sul, vítimas da caçadores que buscam os chifres do animal. Crédito: © Martin Harvey / WWF-Canon.
Medidas podem ajudar a reduzir a morte de rinocerontes-negros da África do Sul, vítimas da caçadores que buscam os chifres do animal. Crédito: © Martin Harvey / WWF-Canon.

Líderes de 46 países se comprometeram a ‘“tomar ações decisivas e urgentes” para combater o tráfico internacional de espécies selvagens. A “Declaração de Londres” foi assinada essa semana, na capital inglesa, após dois dias de negociações a portas fechadas. Entre as medidas que as nações se comprometeram a adotar estão ações para erradicar o mercado de produtos oriundos da caça ilegal, acordos para fortalecer a aplicação das leis e promoção de alternativas sustentáveis para a sobrevivência e o engajamento das populações locais na luta contra a caça ilegal de animais selvagens.

A reunião foi acompanhada por organizações não-governamentais que lutam contra o tráfico internacional de espécies e também por instituições que podem agir ou oferecer recursos para combater esse tipo de crime. O Fundo Mundial para o Meio Ambiente (WWF) e a Traffic, rede internacional que monitora o tráfico de animais e plantas, divulgaram uma nota onde acolhem a declaração. Segundo as organizações, o documento reconhece as graves consequências econômicas, sociais e ambientais do  tráfico internacional da fauna e da flora, destacando que a caça ilegal e o tráfico estão sendo controlados por organizações criminosas que minam o estado de direito, a boa governança e encorajam a corrupção.

Para a conselheira-chefe para espécies do WWF do Reino Unido, Heather Sohl, os governos que am a declaração enviaram uma forte mensagem: “Crime contra a vida selvagem é um crime sério e tem que ser interrompído. Esse tráfico assola populações de espécies, mas também tira a vida de guardas-florestais, impede o desenvolvimento econômico dos países e desestabiliza a sociedade por meio da corrupção”, afirmou. Heather Sohl acrescentou que existe uma crise que precisa de atenção global urgente. Para ela é preciso garantir apoio político para a nomeação de um representante especial das Nações Unidas para tratar do tema.

Entre os países que am a declaração estão alguns dos mais impactados pela caça ilegal de elefantes, como a República Democrática do Congo, o Gabão, o Quênia e a Tanzânia. Outros países, que representam pontos de agem do marfim que vai da África para a Ásia am, como Togo, Filipinas, Malásia e, o maior mercado ilegal do marfim, a China. África do Sul, Moçambique e Vietnã, afetados pela caça dos rinocerontes, também participaram das negociações e aceitaram o acordo.

Para o diretor-executivo da Traffic, Steven Broad, a Declaração de Londres foi um claro apelo para que os países cumpram seu papel no combate “às redes organizadas criminosas que estão destruindo ícones mundiais da vida selvagem, desestabilizando nações e a segurança internacional”. Para ele, a chave para apoiar os esforços são as ações voltadas para o mercado consumidor e a cadeia de abastecimento, que podem reduzir a demanda por produtos de origem na caça ilegal. “Nosso desafio agora é manter a pressão e ajudar a traduzir esta atenção em ação organizada, para colocar compromissos corajosos da Declaração em ação”, afirmou.

 

Leia Também
Caça ilegal de rinocerontes bate recorde
Rinocerontes africanos ameaçados pela caça
Elefantes banguelas e ecossistemas mutilados

 

  • Vandré Fonseca vd27

    Jornalista especializado em Ciências e Meio Ambiente.

Leia também 84q8

Colunas
29 de maio de 2025

Por que os cristãos defendem o licenciamento ambiental 4o3a5d

Para lideranças religiosas, os mecanismos atuais ajudam a defender a vida, protegendo segmentos importantes da sociedade e preservando a integridade da criação

Reportagens
28 de maio de 2025

“Brasil não pode ser petroestado e líder climático ao mesmo tempo”, alerta Suely Araújo 3q19z

Em meio às discussões da COP 30, ex-presidente do Ibama critica a expansão petrolífera e aponta riscos da exploração na Foz do Amazonas

Notícias
28 de maio de 2025

“O poder da juventude está em aproximar realidades cotidianas dos espaços de decisão” 204t6u

Cientista ambiental da Rede Favela Sustentável avalia papel do jovem no enfrentamento da crise climática, tema-foco do IV Fórum Terra 2030

Mais de ((o))eco 6q6w3q

conservação 4y3hz

Análises

O PL da Devastação e a falsa promessa do progresso 155t47

Reportagens

Ajustes em trilha podem melhorar sua função de corredor ecológico no Cerrado 3w201a

Notícias

Estudo aponta multiplicação preocupante do peixe-leão no litoral brasileiro 3o3249

Notícias

Legalidade de megadesmates no Pantanal avança para julgamento no STJ 2o3q1t

extinção 625o5k

Notícias

Cerca de 1.400 espécies de aves foram extintas desde o Pleistoceno – e a culpa é nossa 4h6l6q

Notícias

Tarde demais para proteger: EUA retira 23 espécies extintas da lista de proteção 3c3r1b

Notícias

Campanha recria animais extintos nunca fotografados 3k4hd

Reportagens

Estudo global aponta para o risco iminente de extinção de nada menos do que 10% da vida na Terra 4k4r2p

aves 5q1863

Notícias

A alta diversidade de aves em Bertioga, no litoral de SP 4o4w5q

Salada Verde

Plataforma aborda tráfico de animais em três países 4m829

Reportagens

O atobá quarentão que uniu gerações de pesquisadores 184h6e

Salada Verde

As incríveis revoadas de guarás no litoral paranaense 156fz

Ar Livre 6b3q3j

Notícias

O feitiço de Marrocos e1d2d

Notícias

Morte em Yosemite 6mo4s

Notícias

Calçado ideal 3x4n4f

Notícias

Cicloturismo 3d2r35

Deixe uma respostaCancelar resposta 4wh1i

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.