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Iniciativa quer formar 1000 líderes pelo desmatamento zero no Brasil até 2030 55k4j

Comandada por André Lima, secretário do Ministério de Meio Ambiente e Mudança do Clima, proposta oferece capacitação e troca de experiências com especialistas

Cristiane Prizibisczki ·
3 de junho de 2025

Foi lançada oficialmente, na última sexta-feira (30), em Piracicaba (SP), a primeira Rede Brasileira de Líderes pelo Desmatamento Zero (ReDez), iniciativa que promove formação multissetorial aos participantes, com foco em políticas públicas e outros dispositivos para viabilizar o desmatamento zero até 2030. Meta é formar ao menos 1.000 líderes até o final desta década.

A ReDez foi idealizada pelo atual secretário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Territorial do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), André Lima, e pelo Centro de Aprendizagem e Cultura do Imaflora (Cacuí).

A formação tem duração de oito meses e conta com 86 horas de aulas, em encontros semanais virtuais síncronos, ministradas por 34 facilitadores, entre eles grandes nomes no combate ao desmatamento na Amazônia, como a ministra Marina Silva, o ex-diretor do Departamento de Políticas de Controle do Desmatamento de Queimadas do MMA, professor Raoni Rajão, a especialista em política climática do Observatório do Clima, Suely Araujo, e o próprio André Lima.

Apesar de ter sido lançada oficialmente somente nesta sexta-feira, a iniciativa já formou, desde 2024, 270 líderes.

“Nosso objetivo é reunir uma diversidade de experiências em inteligência já aplicadas nos setores público e privado, abrangendo várias esferas e localidades. Ao conectar líderes com reconhecida atuação nessa pauta, criamos uma oportunidade única de gerar novas ideias e projetos, além de promover uma valiosa troca de experiências e informações. Nossa meta comum é impulsionar o desenvolvimento do Brasil sem desmatamento em todos os biomas, começando pela Amazônia”, explica Lima. 

A ((o))eco, Lima explicou que a iniciativa busca o desmatamento total zero, incluindo o ilegal, ao contrário do conceito hoje trabalhado dentro do governo federal de “desmatamento líquido” zero, no qual o desmatamento legal ainda é considerado como possível, mas há um “balanço” entre o que é desmatamento e o que é regenerado.

“Estamos falando de todo desmatamento […] Há várias iniciativas mostrando que é possível se desenvolver sem derrubar floresta, é possível se desenvolver plantando floresta. Então, o conceito, a ideia do desmatamento zero é a ideia de canalizar investimentos para reflorestar, para substituir o desmatamento por outro tipo de produção, para a governança pública de monitoramento e controle do desmatamento, para a governança pelo ordenamento territorial. É todo um movimento que envolve poder público federal, estados, municípios, setor privado, setor judiciário, setor legislativo e setor executivo”, diz Lima.

Segundo ele, ao unir pessoas de diferentes backgrounds e áreas de atuação, a ReDez visa propor nova ideias e métodos para a agenda de governança e o fortalecimento do controle e monitoramento; a agenda de investimento, canalizando recursos públicos e privados para atividades que não desmatam e regeneram; e para a agenda de políticas públicas, de forma a sofisticar e melhorar leis federais, estaduais e municipais.

A turma 2025 da formação executiva já está fechada. Mais informações no site https://imaflora.org/

  • Cristiane Prizibisczki 1z1b3e

    Jornalista com quase 20 anos de experiência na cobertura de temas como conservação, biodiversidade, política ambiental e mudanças climáticas. Já escreveu para UOL, Editora Abril, Editora Globo e Ecosystem Marketplace e desde 2006 colabora com ((o))eco. Adora ser a voz dos bichos e das plantas.

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