A poderosa temporada de chuvas deste ano já ceifou mais de 300 vidas, em sete estados, e é apenas uma amostra do que os climatologistas projetam para um futuro de mudanças do clima.
Vale lembrar que poucos dias antes da chuvarada, como noticiou O Eco, o governador Sérgio Cabral reduziu via decreto a proteção de margens de rios, córregos e nascentes em áreas urbanizadas municipais de todo o estado. Veja aqui. Também não se pode esquecer do governador Luiz Henrique da Silveira, de Santa Catarina, que atuou politicamente e sancionou um “código ambiental” para o estado permitindo maior ocupação de margens de rios e outras regiões. A medida foi adotada poucos meses após a tragédia que assolou o vale do rio Itajaí, também provocando uma centena de mortes. Veja aqui.
O Rio de Janeiro, por exemplo, já viveu catástrofes causadas por chuvas “anormais” em 1966, 1988 e 1996. Em 1988, morreram 289 pessoas, 734 ficaram feridas e 18.560 ficaram desabrigadas. Em 1996, morreram 56 pessoas. Obviamente ninguém aprendeu nada com os desastres ados e morros e várzeas continuaram ocupadas, sob as mais diversas e furadas justificativas. É o descolamento total entre política e as necessidades do país.
Hoje os tempos são de maior proteção aos ambientes naturais e, por consequencia, das populações, principalmente das mais carentes.
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