
O Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), depois de 8 meses analisando o comércio de atum azul, descobriu uma série de irregularidades e crimes ambientais. Os resultados revelam um mercado negro que move aproximadamente 4 bilhões de dólares.
O estudo descobriu a existência muitos casos de violação de cota pesqueira, omissão de dados sobre técnicas de pesca, exploração de peixes de tamanho reduzido e omissão de dados pelos próprios governos envolvidos.
O ICIJ analisou a pesca do atum de barbatana azul da região leste do Atlântico, uma espécie que está classificada como ameaçada e é um produto de alto preço no mercado. Foi descoberto que autoridades sas do setor pesqueiro encobrem atividades ilegais há anos, omitindo informações da Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico (ICCAT), o órgão responsável pela istração de regras para a pesca dessa espécie.
Ficou evidente que o ICCAT não consegue controlar e regulamentar a exploração pesqueira no Mediterrâneo, assim como restringir as ilegalidades que ocorrem há muito tempo. O ICIJ demonstra que existem grandes falhas no Esquema de Documentação da Pesca do Atum de Barbatana Azul (BCD), um relatório vazio e desprovido de dados concretos, o que dificulta ainda mais a fiscalização.
Essas informações alertam a comunidade internacional para a tomada de decisões na próxima reunião do ICCAT em Paris, o que pode acarretar na suspensão das indústrias pesqueiras ilegais. A WWF está pressionando o ICCAT para que essa reunião seja utilizada para criar um plano de recuperação da espécie de atum, regulamentando a pesca em quantidade e qualidade, reforçando a legislação e retomando a aplicação de punições legais para atividades irregulares e para o estabelecimento de santuários e centros de criação e conservação da espécie.
Leia aqui as reportagens completas (em inglês)
Veja vídeo produzido pela BBC (em inglês)
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Uma tragédia do tamanho do mar
Anote aí, vai faltar atum
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