
A lista vermelha de espécies de peixes e invertebrados aquáticos está novamente em vigor. Após um ano suspensa, a Justiça Federal julgou improcedente o pedido de revogação da lista e 475 espécies de peixes e invertebrados aquáticos estão novamente protegidos.
Em junho do ano ado, em decisão preliminar, o Desembargador Jirair Aram Meguerian, do Tribunal Regional da Primeira Região, deu ganho de causa para o Conselho Nacional de Pesca e Aquicultura e suspendeu a portaria dos peixes e invertebrados aquáticos. O magistrado entendeu que a portaria não deveria ter sido editada unilateralmente pelo Ministério do Meio Ambiente, sem a colaboração do Ministério da Pesca.
A portaria 445 proíbe a captura, o transporte, o manejo, armazenamento e comercialização de espécies de peixes ameaçados de extinção no país e gerou uma onda de protestos de setores da pesca, que pediram sua anulação. Os representantes dos pescadores industriais afirmam que a norma afeta diretamente a indústria da pesca e que causará desemprego no setor, já que a lista vermelha protege 31 espécies de peixes comerciais. Os pescadores se articularam e pressionaram o então Ministério da Pesca, que criou um grupo de trabalho para ouvir os reclamantes. A partir daí, uma série de decretos foram sendo publicados adiando a entrada em vigor da norma. Mesmo assim, a briga chegou na Justiça e os pescadores ganharam o primeiro round: a lista foi suspensa.
O Ministério do Meio Ambiente conseguiu vencer o segundo: na semana ada, em decisão publicada no dia 22 de junho, a juíza federal Liviane Kelly Soares Vasconcelos, da 9ª Vara Federal do DF, julgou improcedente o pedido dos representantes dos pescadores e a lista vermelha voltou a valer.
De acordo com a magistrada, o direito a um ecossistema equilibrado ficaria prejudicado se necessitasse “de consenso entre grupos com interesses antagônicos para listar espécimes cuja exploração econômica não é ecologicamente viável”, de modo que, uma vez constatada a impossibilidade de exploração de uma espécie, “é desnecessária a participação do Ministério da Pesca e Agricultura, uma vez que, nesta hipótese, reitero que não há que se falar em uso sustentável até que haja mudança no grau de conservação destas espécies”, escreve.
Enquanto a disputa judicial parece ter sido temporariamente resolvida, no Congresso Nacional ainda tramita Projeto de Decreto Legislativo para derrubar a lista vermelha.
Leia Também
Deputado quer suspender portaria que protege peixes marinhos
Leia também 84q8

Deputado quer suspender portaria que protege peixes marinhos 6wu34
Decreto proposto pelo ruralista Alceu Moreira susta a lista vermelha de espécies aquáticas. Se aprovado, Executivo não pode vetar. →

Especialistas e ONGs defendem portaria dos peixes ameaçados 1n483g
Manifesto assinado por mais de 80 especialistas pede a manutenção da portaria que protege 475 espécies de peixes aquáticos ameaçados de extinção. →

Monica Brick Peres: “A portaria 445 não é o problema” 5b6j6d
Diretora da ONG OCEANA afirma que o setor pesqueiro não se beneficiará se derrubar a nova medida que protege espécies de peixe ameaçadas. →
boa noite,sou a favor da proteçao,pesco por gostar do esporte e saborear um peixe fresquinho,ha 50 anos ainda menino no litoral nordestino havia muita lagosta e meros gigantescos mas hoje nem mero nem lagosta.pergunto ao sr. roberto;o senhor conhece o fundo do mar?,no momento que todos os continentes estao preocupado com os estoques pesqueiro o brasil foi um dos paises que nao assinou o tratado de proteçao e pesca sustentavel,o brasil tem que banir os barcos pesqueiros autorizados por ex governantes ladroes como o japao por exemplo,que mata baleias golfinhos peixe boi e outros.eu sou apenas um velho que gosta de pescar e comer um peixinho fresco mas não vou matar nenhum que seja proibido,pois para continuar vivendo só preciso de comida.
O mundo todo fala em sustentabilidade. Isso quer dizer que os interesses econômicos exclusivos perderam sua hegemonia devastadora e unilateral. O que se exige hoje é a associação dos interesses econômicos com os interesses sociais e ambientais. É o "triple botton line". Esgotar um recurso com a alegação econômica é crime. As palavras PRECAUÇÃO e PREVENÇÃO parece que não existem nos dicionários.dos gananciosos empresários da pesca. Parabéns pelo retorno do bom senso e da manutenção da vida para as as próximas gerações. O imediatismo inconsequente só favorece a quem não tem compromissos com o futuro.
Modo clichê: ON
Tem que fiscalizar de modo correto não os “ambientalistas´´ ir pra beira da praia fumar maconha !
já ouvi de agentes do Ibama não poderem fiscalizar por não terem gasolina para os barcos !!!! enquanto protegem o mero ele o mero acaba com lagostas, badejos, sargos garoupas e tudo que vive em seu redor ! quem faz as leis não deve conhecer o fundo do mar de verdade .