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Coronel Homero Cerqueira deixa presidência do ICMBio 3p6y6v

A saída do presidente – a ser confirmada no Diário Oficial – estaria ligada à divergências com o ministro do meio ambiente, Ricardo Salles

Daniele Bragança · Duda Menegassi ·
20 de agosto de 2020 · 5 anos atrás
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Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente
Presidente do ICMBio pediu demissão do cargo. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Ag. Brasil.

O presidente do ICMBio, coronel Homero Cerqueira, pediu exoneração do cargo nesta quinta-feira (20). A decisão deverá ser confirmada pela edição desta sexta-feira (21) do Diário Oficial da União. Cerqueira estava no cargo desde abril de 2019. 

Segundo informações apuradas por ((o))eco, ainda não confirmadas com o principal personagem do episódio, o próprio Homero, Salles teria desautorizado equipes do ICMBio em sua visita ao Pantanal, o que teria gerado descontentamento de Homero. Essa versão foi confirmada por duas fontes. 

Não é a primeira vez que Salles desautoriza presidentes do ICMBio em viagens e o constrangimento termina com pedidos de demissão.

Adalberto Eberhard, quem ocupava a presidência antes de Homero, também deixou o cargo dois dias após uma ida de Salles ao Parque Nacional Lagoa do Peixe, no qual o ministro ameaçou servidores do órgão. Eberhard alegou motivos pessoais para sua saída e a história foi pauta de reportagem de ((o))eco à época.

Na atual viagem, acompanhado de ruralistas, Salles se encontrou com pecuaristas da região e ouviu reclamações sobre ONGs e sobre a Reserva do Sesc, uma unidade de conservação privada, que já teve 47 mil hectares queimados durante os recentes incêndios que têm devastado o bioma.

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Após ministro ameaçar servidores, presidente do ICMBio pede demissão

  • Daniele Bragança 5m5u64

    Repórter e editora do site ((o))eco, especializada na cobertura de legislação e política ambiental.

  • Duda Menegassi 5t4258

    Jornalista ambiental especializada em unidades de conservação, montanhismo e divulgação científica.

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Comentários 5 5r184l

  1. Cácio de Araújo diz:

    Com todo o respeito aos Pantaneiros, mas o depoimento do cidadão acusando as ONGs, está fora do contesto, ele deve enumerar o número de ONGs que atuam no Pantanal. Na verdade sobreviveram poucos pantaneiros, o tempo da vaca gorda ou, a fonte secou, e mais um daqueles que pegavam empréstimos no Banco do Brasil, e desvia para comprar """C10""" o carro da época, e na hora de pagar o empréstimo recorriam ao PROTERRA/PROAGRO e não pagavam o empréstimo. Ele esquece que o PANTANAL está sofrendo as consequências das ações de degradação que o seu entorno vem sofrendo, uma delas é o desmatamento das nascentes das bacias hidrográfica que alimenta a Bacia Pantaneira. Inclusive a DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA, que na gestão desse SINISTRO DO MEIO AMBIENTE (SALLES) vem aumentando assustadoramente.
    Obs. PROAGRO é um seguro que o BB possui para auxiliar os PRUDUTORES RURAIS no caso de sinistros provocados pelos fenômenos naturais, como o Pantanal tem enchente todos os anos, eles pegavam o empréstimos já sabendo que não iam pagar….Agora acusar ONGs das queimadas no PANTANAL é no mínimo de uma responsabilidade sem tamanho….
    O TURISMO é a única saída sustentável para o PANTANAL, uma diária que um turista estrangeiro paga, equivale a 3 ou 4 novilha que o produtor levaria 01 (hum) ano para vender…..


  2. Warner diz:

    Então o produtor disse ao sinistro que a natureza é um problema, porque queima. Por isso, tem que tirar a floresta e colocar o gado. Entendi.


  3. Paulo diz:

    Mais uma M…. do $alle$$$$$$.


  4. Paulo Maier diz:

    O discurso demonstra um sotaque "tipicamente" pantaneiro. Rá. Rá. Rá.