Vídeo: O que é limpeza subaquática? por Ricardo Gomes 562x24

O lixo virou parte da paisagem encontrada no mar, independentemente de onde se mergulha. Mesmo que a praia esteja limpa, provavelmente haverá resíduo debaixo d’água, afetando e interagindo com a fauna marinha. 

A técnica de limpeza subaquática é relativamente simples. Envolve localizar o resíduo e retirar o que já não foi tomado pela fauna marinha associada, como esponjas e corais. Um pneu abandonado no mar, por exemplo, pode ter se transformado em casa de alguma espécie. Um exame mais detalhado decidirá se vale a pena retirá-lo de lá.

Já outros tipos de resíduos, como sacolinhas plásticas ou redes de pesca fantasmas, não precisam de análises para decidir se vale a pena tirar ou não. Elas não deveriam estar ali. As redes de pescas, além de continuar pescando indefinidamente a fauna marinha, são perigosas para humanos pelo potencial de enroscar e prender a pessoa. Deve ser retirada por mergulhadores mais experientes. 

Limpeza x consumo

Limpar o fundo do mar é tão importante quanto a praia, mas continua sendo medida paliativa se não diminuirmos a produção e consumo desses resíduos 

Como lidar com o lixo marinho, transformando o lixo em uma espécie de bandeira para chamar atenção para outros estresses que afetam o oceano, faz parte do trabalho desenvolvido pelo biólogo e documentarista Ricardo Gomes, do Instituto Baía Urbana, que realiza todo mês a limpeza subaquática na praia da Urca, no Rio de Janeiro, como parte do seu programa de educação ambiental. 

Para Ricardo, mais do que limpar a praia, entender o reflexo do consumo humano sobre o ambiente é um dos caminhos para criar modos de lidar com o problema. 

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